Os questionamentos em relação à cicatriz em cirurgias plásticas são comuns. Muitos afirmam que elas não deixam cicatrizes, mas não é exatamente isso que ocorre. No artigo abaixo, você entenderá de forma mais detalhada como funcionam as cicatrizes pós-operatórias.

Toda cirurgia plástica deixa uma cicatriz?

Sim, toda cirurgia plástica deixa uma cicatriz, o que muda é a qualidade dela. Uma cicatriz de boa qualidade deve ser fina, plana e com coloração semelhante à pele do local. Ela depende da habilidade do cirurgião e dos cuidados tomados pelo próprio paciente no pós-operatório.

Os fatores que dependem do cirurgião passam pelos fios usados, que devem ser adequados à área operada; uso de material delicado para a manipulação de tecidos; técnica de sutura escolhida, além do posicionamento das cicatrizes, que precisam estar em áreas de menor tensão. A herança genética do paciente – como a tendência à formação de queloides -, também é um fator que independe da técnica utilizada pelo médico na cirurgia.

Surgimento de queloides

Alguns pacientes no pré-operatório perguntam sobre a chance de desenvolverem queloide ao realizar uma cirurgia plástica. Outros acham que ter uma cicatriz de má qualidade significa uma tendência a apresentar queloides, o que não é o caso. Nem toda cicatriz de má qualidade é um queloide. Cicatrizes escurecidas, alargadas ou afundadas não são queloides.

É frequente também que pacientes confundam um queloide com uma cicatriz hipertrófica, pois possuem algumas características semelhantes. As cicatrizes hipertróficas costumam ser elevadas, grossas e às vezes avermelhadas, porém, ao contrário do queloide, elas não ultrapassam os limites da ferida. Os queloides são cicatrizes grossas, que ultrapassam os limites da ferida e apresentam sintomas como coceira ou dor. Possuem maior incidência em pessoas de pele preta e afetam principalmente o lóbulo da orelha e o tórax.

Além da preocupação com o resultado final, a pessoa que realiza uma cirurgia plástica se preocupa com a cicatrização da pele. A preocupação é relevante, porque a formação de uma cicatriz não agradável pode comprometer o resultado final da operação. Para impedir isso, antes da cirurgia, o médico deve colher o histórico familiar do paciente e avaliar o risco de queloide. Também é importante avaliar a qualidade das cicatrizes já existentes. Caso ocorra o queloide no pós-operatório, existem várias opções de tratamento, como compressão por fitas, uso de cremes, injeção de corticoide na cicatriz e betaterapia.

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